'Rise of the ronin' é menos 'Ghost of Tsushima' e mais RPG japonês desenfreado; g1 jogou

  • 28/03/2024
(Foto: Reprodução)
Novo game de samurai exclusivo do PlayStation 5 é divertido e oferece inúmeras possibilidades a fãs do gênero, mas confunde com exagero de conteúdo. "Rise of the ronin" (ou "A ascensão de ronin", como por algum motivo a Sony traduziu para o Brasil) não é o novo "Ghost of Tsushima" que o povo precisa, mas com certeza vai ajudar fãs do game a superar por ora a necessidade de um joguinho de samurai. Um novo RPG de ação com os lendários guerreiros japoneses, é fácil de entender por que muita gente viu relação entre o exclusivo do PlayStation 5 lançado na última sexta-feira (22) e o clássico recente de 2020. O game desenvolvido pela japonesa Team Ninja, criadora de franquias como "Ninja Gaiden" e "Nioh", não tem o sistema de combate complexo e a história cativante responsáveis pelo sucesso do antecessor. "Rise of the ronin" está mais para uma boa mistura desenfreada dos estilos de RPG de ação dos Estados Unidos, Europa e Japão – e se isso parece muita coisa, bem, é porque realmente é mesmo. Não é que seja ruim. Bem longe disso. O jogo é extremamente divertido e tem um potencial de entretenimento gigantesco por muitas horas, mas oferece tantas possibilidades que por muitas vezes confunde e até intimida o jogador. Assista ao trailer de 'Rise of the ronin' Resgate do ronin Com uma perspectiva na terceira pessoa, "Rise of the ronin" permite que o jogador crie seu próprio protagonista para colocá-lo no Japão do século 19, quando o país se aproximava do fim de sua era de samurais. Criado desde criança junto de um amigo (ou amiga, também personalizável), o herói (ou heroína) passa por um treinamento para formar uma dupla de guerreiros conhecida como Lâminas Gêmeas. Quando o parceiro é capturado por forças inimigas durante uma das primeiras missões, o jogador deve viajar por três regiões de mundo aberto para encontrá-lo – enquanto conhece novos aliados e decide a qual lado da iminente guerra civil se unirá. 'Rise of the ronin' Divulgação 'Rashomon', alguém? Ao contrário de "Ghost", no qual o protagonista até podia escolher a ordem das missões disponíveis, mas deveria seguir a história pré-determinada pelo game, em "Ronin" as decisões influenciam a trama. Logo no começo, por exemplo, é possível escolher entre matar ou não um chefe inimigo. Ele depois pode se juntar a seu grupo de aliados e até ajudar em algumas missões – já que a maior parte delas pode ser jogada online com outros dois jogadores ou com personagens aliados controlados por inteligência artificial. Se a qualidade e complexidade do combate não chega aos pés do maior trunfo de "Ghost", não é possível desqualificá-lo totalmente. Há variedade suficiente ali de golpes, estilos, armas principais, armas secundárias, defesas, esquivas e contra-ataques para torná-lo levemente desafiador – por outro lado, é tanta opção que dificilmente todas são utilizadas. A impressão que fica é que os desenvolvedores miraram em um nível de dificuldade no melhor estilo "soulslike" (daqueles bem complicados, da série "Demon's souls"), mas atingiram a velha guarda do "hack and slash". Na dúvida, alterne entre ataques e esquivas. 'Rise of the ronin' Divulgação Foco é bom As decisões que influenciam a trama e as diversas armas – influenciadas, por sua vez, pelos diferentes atributos do protagonista, que recebem uma árvore de habilidades igualmente confusa – não são as únicas possibilidades disponíveis para o jogador. Nas três áreas diferentes, há os clássicos objetivos de encontrar baús ou animais perdidos, desafios com recompensas variadas, acampamentos inimigos que podem ser liberados para aumentar a afinidade com a região, pequenos (e divertidos) quebra-cabeças, eventos aleatórios e uma infinidade de personagens cuja amizade pode ser desenvolvida em troca de itens, pontos de habilidades ou melhoria em posturas com armas específicas. Parece muito – e é mesmo. Para completistas malucos e levemente apaixonados por samurais, "Rise of the ronin" é um prato cheio de distrações. Para quem só quer uma distração descompromissada, pode ser um tanto avassalador. Com um pouco de foco, poderia ser o game do ano – mas não há nada de errado em ser "apenas" dezenas de horas de diversão. 'Rise of the ronin' Divulgação

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/games/noticia/2024/03/28/rise-of-the-ronin-e-menos-ghost-of-tsushima-e-mais-rpg-japones-desenfreado-g1-jogou.ghtml


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