Harvey Weinstein é hospitalizado após exames médicos 'alarmantes', afirma advogado
03/12/2024
Produtor permanecerá no hospital 'até que sua condição seja estabilizada', segundo equipe jurídica. Weinstein aguarda novo julgamento, que acontecerá em 2025, por estupro e agressão sexual. Harvey Weinstein em audiência em maio de 2024
Julia Nikhinson / POOL / AFP
O outrora poderoso produtor de Hollywood Harvey Weinstein, preso por estupro e diagnosticado recentemente com leucemia, foi hospitalizado devido a uma série de exames de sangue "alarmantes", anunciaram seu advogado e sua porta-voz na segunda-feira.
O ex-produtor de 72 anos, que enfrentará um novo julgamento em Nova York em 2025 por estupro e agressão sexual, foi hospitalizado após "resultados alarmantes de exames de sangue que exigiram atendimento médico imediato", afirmou o advogado Imran Ansari em um e-mail enviado à AFP.
Ele permanecerá no hospital "até que sua condição seja estabilizada", acrescentou.
Detido em uma prisão de Nova York, o ex-produtor "está sendo privado de atendimento, o que constitui não apenas negligência médica, mas também uma violação de seus direitos constitucionais", afirmou Ansari.
No comunicado, Juda Engelmayer, porta-voz de Weinstein, destaca que seu cliente "sofre de várias doenças, incluindo leucemia, e precisa de atenção médica", o que equivale a "maus-tratos que constituem uma punição cruel e incomum".
Weinstein já havia sido hospitalizado em setembro para uma "cirurgia cardíaca".
Em outubro, ele compareceu a um tribunal de Manhattan em uma cadeira de rodas, pálido e visivelmente fragilizado.
O ex-proprietário da produtora Miramax deve ser julgado novamente em 2025 em Nova York, depois que um tribunal de apelação anulou, em abril, sua condenação de 2020 a 23 anos de prisão pelo estupro da atriz Jessica Mann e pela agressão sexual contra sua assistente de produção Mimi Haleyi.
Weinstein continua detido porque também foi condenado em 2023 a 16 anos de prisão por um tribunal de Los Angeles por outros casos de violência sexual.
As acusações contra Weinstein ajudaram a lançar o movimento #MeToo em 2017, considerado um momento decisivo para a luta das mulheres contra o abuso sexual no trabalho.
Mais de 80 mulheres acusaram Harvey Weinstein de assédio, agressão sexual ou estupro, incluindo Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Ashley Judd.
Weinstein afirmou que as relações sexuais em questão foram consensuais.