Entenda porque o reencontro de Ney Matogrosso com Marisa Monte tem força para alavancar festival carioca

  • 31/03/2025
(Foto: Reprodução)
Mesmo já tendo acontecido em 2023, a união dos cantores no palco vai atrair público em 27 de setembro para o show em que Ney convida Marisa. Ney Matogrosso convida Marisa Monte em show programado para 27 de setembro na terceira edição do festival carioca ‘Doce maravilha’ Ricardo Nunes / Divulgação Vivo Rio ♫ ANÁLISE ♪ Se o encontro de Ney Matogrosso com Marisa Monte no palco fosse inédito, o anúncio de que os cantores se apresentarão juntos no Rio de Janeiro (RJ) em show agendado para 27 de setembro – com Ney convidando Marisa – já seria suficiente para alavancar a terceira edição do festival carioca Doce maravilha, atraindo numeroso público. Ainda assim, mesmo que já tenha acontecido há dois anos na mesma cidade do Rio de Janeiro (RJ) no show beneficente Primavera dos bichos, apresentado em 20 de setembro de 2023 na casa Vivo Rio, a reunião de Ney e Marisa tem força para turbinar o primeiro dos dois dias do festival – o mesmo dia no qual Adriana Calcanhotto encarnará Adriana Partimpim para apresentar pela primeira vez no Brasil o show O quarto. Afinal, Ney Matogrosso e Marisa Monte são cantores referenciais. Com a voz metálica que irrompeu como furacão em 1973, a reboque do trio Secos & Molhados, Ney Matogrosso construiu carreira coerente que não saiu dos trilhos nem quando o cantor seguiu a receita mercadológica do produtor Marco Mazzola no início da década de 1980. A partir de 1987, Ney vem seguindo caminho independente sem sair do mainstream. Já Marisa Monte ditou padrões para o canto feminino brasileiro ao surgir no mesmo ano de 1987, escorada em antimarketing orquestrado por Nelson Motta – curador do festival Doce maravilha, cabe ressaltar – e na voz singular, tão afinada quanto potente. Projetada nacionalmente em 1989, Marisa se tornou a referência do que pode ser rotulado como uma nova MPB, descendente da MPB tradicional dos anos 1960 e 1'970, mas já aberta a elementos contemporâneos do universo pop da época. Tanto Ney quanto Marisa são exemplos de artistas que souberam conduzir as respectivas carreiras com personalidade forte, fazendo com que a indústria fonográfica dançasse conforme a música deles, e não o contrário, como geralmente acontece com os cantores. No show Primavera dos bichos, Ney e Marisa se uniram no canto das músicas Sangue latino (João Ricardo e Paulo Mendonça, 1973), O leãozinho (Caetano Veloso, 1977), Fala (João Ricardo e Luhli, 1973), Balada do louco (Arnaldo Baptista e Rita Lee, 1972), Beija eu (Marisa Monte, Arto Lindsay e Arnaldo Antunes, 1991), Carinhoso (Pixinguinha, 1917 / com letra posterior de Braguinha, 1937), De noite na cama (Caetano Veloso, 1971) e Na rua, na chuva, na fazenda... (Hyldon, 1973). É provável que alguns desses duetos do show Primavera dos bichos sejam bisados no reencontro de Ney com Marisa na terceira edição do festival Doce maravilha. Mas quem foi ao show de 2023 não vai ser importar de reouvir esses duetos. E quem não foi vai se deleitar com a reunião de duas vozes lapidares.

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2025/03/31/entenda-porque-o-reencontro-de-ney-matogrosso-com-marisa-monte-tem-forca-para-alavancar-festival-carioca.ghtml


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